quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Crescer...


É impressionante como tudo parece diferente depois que se cresce.
Esse tal verbo implica muito mais do que a ação explícita semanticalmente. Crescer pode ser mudar, mas também pode ser agregar, conhecer, em outro casos, o crescer se torna embrutecer, regredir, afastar-se. Deixamos os brinquedos para trás, agregamos interesses, conhecemos coisas novas, nem tudo significa evolução. Estagnamos com o coração bruto depois de decepções, regredimos o modo libertário de pensar e muitas vezes a vida ou nós mesmos nos afastamos do que até então gostávamos. Crescer é complexo, obrigatório, necessário, mas entre trancos e barrancos vamos vivendo sem refletir muito, até que um probleminha aqui e outro ali nos faz parar, pensar, recordar... Vem a nostalgia. Ser saudosista não é a melhor característica para quem cresceu de forma pensante. Vem o misto de alegria e tristeza ao lembrar dos amigos que nos seguiram até hoje, mas que antes, era tão mais especial cada instante, porque estavamos presentes fisicamente quase que o tempo inteiro, e por isso tenta-se crescer sem deixar coisas para trás o que revela o sucesso do Orkut, MSN, Facebook, Youtube. Mando um recado para Suelen e outro pra Rayane, vejo as fotos de Renata e também de Thallyta, cutuco Lays, teclo com Jéssica e Zuyla... Vem o mantimento da amizade à distância.
E pelo youtube, revemos Chiquititas, videos gravados, relembramos momentos, nossa infancia e adolescencia gravada, a garganta apertada. Ninguém quer ficar só, quereremos viver, reviver e melhor ainda se estivermos unidos. Agora amigas, não estou aqui, o pronome demonstrativo é outro, estou aí, junto de vocês. Estar perto não é físico. Estou com saudades, e permaneço com vocês. Não haverá idade para que deixe de lado o que sinto mesmo que ainda mais eu cresça, envelheça. É necessário que permaneça o que vou dizer: Amigas, estou aí!

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